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Foto do escritorTaiara Desirée

ATLETAS VEGANOS. ISSO É POSSÍVEL?

Há inúmeras instituições, associações e profissionais de saúde e de nutrição que atestam a viabilidade da alimentação vegana, mas também diversos casos reais que comprovam a eficácia no seu dia a dia.




Para quem fez a opção por uma dieta vegetariana, sem nada de produtos de origem animal, soa estranho ouvir, com bastante frequência, questionamentos em relação a como vai nossa saúde.

Ainda que a adoção de uma dieta vegetariana represente, além de uma postura de respeito aos animais, um caminho saudável, e isso é consensual para a maioria das pessoas, uma contradição surge quando nos deparamos com uma das perguntas mais comuns: “Mas e as proteínas?”

Não é difícil argumentarmos que são inúmeras as instituições, associações e profissionais de saúde e de nutrição que atestam a viabilidade de uma alimentação baseada totalmente em produtos de origem vegetal, mas nada é mais didático do que pensarmos em casos reais de pessoas que comprovam no seu dia a dia tal viabilidade.

Mas, e se ao invés de pensarmos em pessoas normais, abordássemos a questão sob a ótica de atletas que adotaram os vegetais como sua fonte única alimentar? Poderíamos então, não só atestar a credibilidade de uma dieta bem planejada à base de vegetais, mas também comprovarmos sua eficácia em situações em que a necessidade de nutrientes é nitidamente importante para um desempenho de alto nível.


VAMOS A ALGUNS CASOS?

O primeiro caso que reflete a ligação positiva entre alimentação vegetariana e o desempenho esportivo vem das pistas de automobilismo. O atual hexa campeão de Fórmula 1, Lewis Hamilton, adotou o veganismo há 2 anos e, segundo ele, a alimentação à base de vegetais o fez mais atento e melhor preparado física e psicologicamente.

Nosso segundo caso é de um atleta que pratica um esporte em que nada lembra a imagem “mirrada” de um vegetariano: Felipe Garcia já ganhou prêmios em campeonatos de fisiculturismo e, juntamente com Paulo Victor Pinheiro, o Paru, representam muito bem os “comedores de vegetais” em um esporte onde músculo e forma física são essenciais.

O terceiro caso que podemos citar é multi campeão de surf, Kelly Slater. Onze vezes levou o título do circuito mundial e, há alguns anos, anunciou que sua alimentação passará a ser à base de vegetais. Com 48 anos, ele ainda figura na elite do surf mundial.

E temos muitos outros casos: Novak Djokovic, atual número 1 do ranking mundial de tênis e considerado um dos maiores de todos os tempos, Fiona Oakes, vencedora, em 2013, da maratona do Polo Norte, quando as temperaturas chegaram a 28 graus negativos, Patrick Baboumian quebrou o recorde mundial ao andar por 10 metros carregando mais de quinhentos quilos.





São muitos os casos que atestam a viabilidade e confiabilidade da dieta à base de vegetais, mas assim como qualquer dieta, a ingestão correta dos alimentos, conforme a sua riqueza de nutrientes é que indicará se você estará bem nutrido ou não. Pois, afinal de contas, aqueles que comem carne, ovos e laticínios estão com sua saúde em ordem? Se sim, por que será que temos uma farmácia a cada esquina e filas de gente comprando seus remédios (pelo menos antes até do Coronavírus arrastar todos para uma quarentena forçada)? Será que alguém pode imaginar que uma sociedade que tanto precisa de médicos e remédios pode mesmo dizer que se alimenta saudavelmente?

Pois parte dessa solução pode muito bem em estar em cortar o problema pela raiz, ou seria melhor dizer “cortar pela carne”?

Ricardo Laurino @ricardolaurino Presidente da Sociedade Vegetariana Brasileira

* Imagens meramente ilustrativas, livres de direitos autorais, acervo Wix.

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